A Páscoa sempre foi, para mim, um dia de reunir com a família, especialmente aquela família de longe que vem a Prado, terra onde mora parte da minha família, para o reencontro familiar. Para além disso é um Feriado religioso no qual a minha cidade, Braga, deposita muito amor e portanto muitas procissões e "festas".
Passar a Páscoa no Congo era sinónimo de não estar com a família toda, era sinónimo de estar sozinha em obra, porque o meu colega ia de férias...
Não vos sei explicar mas naquele ano, e por muito que diga que sou desligada e que a Páscoa é só mais um dia, não é... Muito menos no Congo.
Custa bastante passar estas datas longe.
Para tentar celebrar a Páscoa e amenizar a dor de estar longe o Samuel, chefe de base de vida, preparou todo um almoço de domingo.
Os cozinheiros: Joel Petit et grand Joel (não pela ordem que estão a pensar) |
A mesa tinha tudo o que uma mesa tem na Páscoa. Ovos, amêndoas, queijo, pão, vinho, entre muitas outras coisas. Sim senhora. Assim sim era Páscoa.
Até sobremesas havia. Ovos da Páscoa, de chocolate, bolos...
E o nosso menu?
Tudo impecável.
No meio de tudo isto foi interessante ver a reacção dos congoleses. Primeiro a Páscoa lá não é celebrada como a nossa. Muitas vezes nem é celebrada por falta de condições.
Este feriado lá é festejado com danças e cantorias. Os amigos juntam-se nos "tascos" e são capazes de ficar até à noite só a falar e a dançar.
Não há grandes banquetes, mas isso é perfeitamente compreensível.
Não há uma cruz para beijarem, não há o padre a ir de casa em casa para as benzer...
Há Alegria! Há amizade! Há borracheiras descomunais! Há risos! Há de tudo e há de nada!
Há Amizade, carinho e respeito! |
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